Em agosto de 2016 escrevi um artigo sobre o “Admirável mundo VUCA e o papel da Inteligência”.
O texto começa com uma citação de Denise Caron, CEO da APSG .
“Estamos passando de um mundo de problemas, que exigem velocidade, análise e eliminação de incerteza para resolver, a um mundo de dilemas, que exigem paciência, a tomada de sentido, e um compromisso de incerteza.”
Quer saber mais sobre VUCA, clique aqui: http://bit.ly/2LAYl3q
As inovações tecnológicas estão alimentando grandes mudanças em todo o mundo e trazendo para todos, em especial para as empresas, benefícios e desafios, em igual medida.
Ao longo da história, as revoluções têm ocorrido quando novas tecnologias e novas formas de ver o mundo disparam uma mudança profunda no sistema econômico e na estrutura social.
No quadro abaixo resumimos de forma macro as características tecnológicas das revoluções industriais.
Para maior detalhamento sugiro a leitura do pequeno livro “manifesto” – “A Quarta Revolução Industrial” de Klaus Schwab. O danado sabe das coisas.
A GRANDE PROVOCAÇÃO
Jack Welch uma vez afirmou que “se a mudança no lado de fora de sua empresa for mais rápida que a do lado de dentro, o fim está próximo”.
E é neste contexto que peço para que os leitores reflitam.
A escola moderna de administração surgiu no início deste século, quando dois engenheiros publicaram suas experiências.
A FORMA como as empresas foram CONCEBIDAS e ADMINISTRADAS (pelo menos as mais antigas) datam do século passado, que é quando foram concebidos os conceitos de administração moderna.
Um mundo onde ainda coexistem múltiplos modelos industriais, que é volátil, incerto, complexo e ambíguo só pode ser gerenciado com base em RISCOS.
Daí a importância de todos os gestores saberem e/ou possuírem a competência de lidar com as INCERTEZAS.
Em resumo a nossa certeza é que quase tudo é incerto.
Vivemos em mundo onde além das mudanças de padrões de crescimento, nos mercados de trabalho e no futuro do trabalho, temos que levar em consideração que a 4ª revolução industrial causará grande impacto sobre como as empresas serão lideradas, organizadas e administradas.
Observa-se também uma redução da média de expectativa de vida das empresas listadas no índice da S&P 500, que era de 60 anos em 1960, e hoje, eles duram entre 18 anos.
Isso significa que estamos atualmente observando uma substituição de uma ação no índice da S&P a cada duas semanas.
Não há dúvida de que as tecnologias emergentes, incrementadas e possibilitadas pelos recursos digitais estão aumentando a velocidade e a escala das mudanças.
Em nossas conversas com executivos temos notado que a DIFICULDADE de COMPREENDER, PREVER e ANALISAR o dilúvio de informações disponíveis atualmente, a velocidade das rupturas e a aceleração das inovações é uma constante fonte de PREOCUPAÇÃO.
Múltiplas fontes de ruptura causam diferentes formas de impactos nos negócios. Do lado da oferta, muitas indústrias estão vendo a introdução de novas tecnologias que criam formas inteiramente novas de SERVIR às NECESSIDADES efetivas e a causar grandes rupturas nas cadeias de valor existentes.
As rupturas também são geradas por competidores ágeis e inovadores que, acessando as plataformas digitais poderão ultrapassar os operadores históricos bem estabelecidos com uma velocidade jamais vista, melhorando a qualidade, a velocidade ou o preço da entrega de valor.
Essa talvez seja uma das razões que muitos líderes consideram que sua maior ameaça são os concorrentes que ainda não são considerados como tal.
Seria um erro, no entanto imaginar, que a ruptura competitiva virá apenas das chamadas “startups”. Tamanho ainda importa.
A digitalização permite que grandes empresas cruzem as barreiras de sua indústria, aproveitando a sua base de clientes, infraestrutura ou a tecnologia que já possuem.
Os movimentos das empresas de telecomunicações para os segmentos de cuidados de saúde e automotivos são exemplos disso.
Do lado da demanda podemos observar algumas descontinuidades. A crescente transparência, o engajamento dos consumidores e os novos padrões de comportamento de consumo (cada vez mais baseados no acesso a dados e redes móveis).
Tudo isso força as empresas a adaptarem o design, a propaganda e as formas de entregas de produtos e serviços existentes e novos.
Para algumas empresas ganhar novas fronteiras de valor pode consistir no desenvolvimento de novos negócios em segmentos adjacentes, enquanto, para outras, pode refletir-se na identificação de bolsões de valor em mudança dentro de setores existentes.
O USO DA FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA EM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO
A boa função de inteligência pode ajudar nestes desafios, pois será um importante agente de NUTRIÇÃO MERCADOLÓGICA que trará principalmente PROVOCAÇÕES e REFLEXÕES aos executivos, além de INSIGHTS CONTÍNUOS.
Os líderes empresariais precisam compreender que as rupturas afetam a demanda e oferta de seus negócios.
O problema será desafiar os pressupostos empresariais monitorando continuamente seus mercados de atuação e zonas periféricas com objetivo de encontrar novas maneiras de fazer as coisas.
Em suma – precisam inovar continuamente e precisam de uma função de inteligência que antecipe os sinais que os mercados e atores entregam e gerar análises que suportem decisões de negócios.
A função de inteligência no contexto da 4ª Revolução Industrial pode ajudar a analisar os seguintes itens:
O nosso questionamento trata da seguinte questão: A sua função de inteligência já está se preparando para a 4ª Revolução Industrial? Compartilhe conosco a sua experiência.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Grande abraço,
Nícolas Yamagata
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