NÓS SABEMOS QUE ELES SABEM DA IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO
SIM, boa parte dos executivos e empresários sabe da importância da coleta e análise de dados.
E, NÃO, eles não estão totalmente preparados para decifrá-los.
O desafio de muitas empresas é pensar em como esses dados podem ajudar a transformar as companhias, incluindo aí os seus próprios modelos de negócios.
Podemos afirmar que abre-se um espaço para empresas e pessoas ganharem dinheiro de outra forma.
As possibilidades são infinitas. Passam, inclusive por mudanças no modelo de remuneração das empresas. Em vez de vender apenas produtos, as companhias que lidam diretamente com o consumidor final e têm acesso aos seus dados passaram a vender informações para fornecedores de outros serviços.
Os crescentes investimentos das organizações na captura de dados estruturados e não estruturados e em novas tecnologias de processamento de grandes volumes possibilitam as empresas aprimorar ou lançar novos negócios e produtos, além de direcionar ações de relacionamento mais assertivas para cada cliente, entre outras possibilidades.
Empresas como Telefônica, Totus, Nike, SAP já estão de alguma forma pensando nestas questões. Podemos simplificar duas abordagens para a monetização de dados.
São dois caminhos com grandes desafios, e ainda são poucas empresas maduras o suficiente para endereçar as soluções – mas a largada já foi dada e muitas estão investido recursos nesse sentido.
INTEGRAÇÃO – UM DESAFIO DA FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA
Neste mundo de monetização de dados qual será o papel da inteligência? O desafio e o papel da função de inteligência será na integração e encapsulamento de múltiplas capacidades.
Essa função INTEGRADORA terá como competência dominar e lançar mão das melhores tecnologias de inteligência disponíveis, sejam elas de captura e monitoramento, de georreferenciamento, de monitoramento de todas as mídias, monitoramento de publicidade e propaganda, pesquisa de mercado entre outras – aliando a elas informações primárias e secundárias de toda sorte.
O papel da função da inteligência será na busca pelos verdadeiros benefícios da análise. Que é core e alicerce da boa função de inteligência.
Os analistas de inteligência devem buscar visões e perspectivas para seus clientes.
Estes benefícios serão alcançados quando as informações puderem fundamentar decisões e melhorar os resultados das empresas.
Essa mudança ocorrerá principalmente quando a função de inteligência tiver protagonismo como um verdadeiro advisor (conselheiro) e não “planilheiro” – embora seja importante dominar e saber as técnicas para demandarmos e entendermos suas nuances e possibilidades.
Neste mundo de DATA DRIVEN é o THICK DATA que importa. É quando trabalha-se a interpretação dos dados, conforme critérios de contexto, sentidos e significados. Trata-se portanto de trabalhar somente o que mais interessa para o analista, no esforço de compreender quais dados e informações possibilitam a configuração dos laços de sentido dentro da perspectiva analisada.
Precisamos de mais pensadores e questionadores. Pessoas que de fato executem, que saiam do discurso para ação. Esse é o perfil do analista que quero para minha equipe e que o mercado deveria buscar para seus times.
Tenho percebido com certa frequência e em todo canto – um monte de gente falando que é data driven sem nunca ter feito uma análise de mercado na vida e nem ter estruturado uma área ou função de inteligência.
Tem gente que até já “escreveu livro” – mas nunca exerceu a função de inteligência.
São entusiastas, pessoas de palco, falam bem – mas nunca exerceram e vivenciaram de fato a função de inteligência. São os falsos profetas da função de inteligência. São os analistas de micro-ondas da vida. Só fazem pipoca pronta e nunca irão conseguir realizar e servir uma refeição completa.
EMBARQUE NESSA
As inovações e facilidades que as novas tecnologias nos apresentam tratam de uma oportunidade única de conduzir as nossas organizações a uma era em que a análise de dados e informações serão a base de todas as decisões – lembrando sempre que o fator humano estará no centro dessas questões.
Todas as organizações embarcarão nessa jornada em seu próprio ritmo. Algumas delas serão as primeiras adeptas e outras as adotarão somente quando já tiverem sido implementadas pela maioria do mercado.
No final das contas, a preparação das organizações para adotar qualquer nova tecnologia, disciplina, função e novas competências depende dos usuários finais, bem como de sua capacidade e disposição para abraçar inovações e mudanças de processos.
Reflita sobre isso, pense no seu papel e onde você gostaria de chegar.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Nícolas Yamagata
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