JOVENS DA GERAÇÃO Y ESPERAM UMA ABORDAGEM MAIS AGRESSIVA DO SEGMENTO
O estudo “The World Insurance Report 2016”, da Capgemini e Efma, revela um impressionante abismo entre as expectativas que a Geração Y (os nascidos entre 1980 e 1990) tem das seguradoras e os serviços que efetivamente são oferecidos.
A pesquisa revelou que:
• Eles esperam uma abordagem mais agressiva, pois querem ver preenchidas suas percepções de um seguro ideal;
• As expectativas deles estão evoluindo mais rapidamente do que a habilidade das seguradoras em apresentar inovações.
• Alguns resultados do estudo no Brasil revelam uma grande pré-disposição de consumo no meio digital.
Refletindo sobre as mudanças dos tempos, vemos que um novo tipo de consumidor está começando a deixar a sua marca no mercado global de seguros. Eles ameaçam romper a maneira como as seguradoras interagem com seus consumidores e a desestabilizar os tradicionais mecanismos de rentabilidade. Acostumados com a interação digital, eles estão inaugurando um novo mercado baseado na tecnologia que pode minar práticas de negócios já estabelecidas.
Nesse cenário, também começam a surgir também as InsurTech – uma contração dos termos Seguro e Tecnologia. Essencialmente, podemos agrupá-las em três grandes campos:
1. Um que aumenta estruturas de seguros existentes;
2. Outro que tem o objetivo de realizar rupturas, fornecendo mecanismos alternativos de transferência de riscos digitais (aqui vemos uma tentativa de condução de inovação estrutural de ponta a ponta, quer removendo parte da estrutura ou digitalizando-a totalmente);
3. E ainda um terceiro tipo vindo de empresas de seguros tradicionais tentando defender suas posições de mercado existentes.
Um levantamento de Venture Scanner disponibilizado em abril conta com mais de 876 empresas (eram 535 no ano passado). A pesquisa mostra não só o aumento de companhias, mas como as InsurTech estão organizadas em diversas verticais (são 14 segmentos) oferecendo de alguma forma soluções viáveis com apoio de tecnologia e inovação.
Diante dos desafios, essas empresas podem se valer da inteligência para:
• Monitorar continuamente as possibilidades de novos produtos ou serviços face a demanda de seus clientes;
• Definir e mapear como os serviços e produtos da concorrência podem substituir os produtos e serviços da própria companhia;
• Monitorar a entrada de novos players no mesmo segmento de atuação;
• Identificar e entender quais são as possibilidades de aumento ou perda de market share;
• Fornecer insumos para a decisão de antecipação à concorrência e desejos de seus clientes.
A questão que fica é saber se as empresas estão de fato inovando, desenvolvendo produtos e serviços ou entrando em novos mercados.
Por Eduardo Lapa, Luciano Gonçalves e Nicolas Yamagata
– Ver mais em: http://www.amanha.com.br/posts/view/2627/as-seguradoras-serao-atropeladas-pela-tecnologia#sthash.bWHn7hKg.pR7Yt9oi.dpuf