NA CORDA BAMBA
Todo profissional experimenta o momento em que o que sabe é questionado.
Por implicação, este momento também questiona o seu valor.
Ou seja, se eles sabem alguma coisa e são convincentes para os outros, o profissional é percebido como valioso. Por outro lado, se eles não conhecem um ponto importante ou não são convincentes sobre o que sabem, o profissional é menos valorizado (ou não o é).
É o caminho do mundo, pelo menos em posições de conhecimento dentro da economia de hoje.
Existe outro lado, claro. Algumas pessoas são completamente convincentes sem o conhecimento ou experiência para apoiar o que advogam. Sua autoconfiança irradia dentro de uma sala e lança um feitiço sobre os outros.
São os analistas de palco.
Conheço pessoas que se dizem especialistas de inteligência com mais de 19 anos de atuação na área sem nunca terem realizado uma estruturação básica e nem tão pouco uma simples análise mercadológica para suporte de decisão.
As pessoas concordam com esse tipo de pessoa implicitamente e estão dispostas a segui-lo. Mais tarde, pode ficar claro que a confiança deles foi equivocada. Então, um sentimento de traição substitui a falsa confiança.
Convincentes, sim, mas (a longo prazo) não são críveis.
Profissionais de inteligência competitiva lidam rotineiramente com o conhecimento e agem sobre ele, da mesma forma que pilotos devem ter horas de voo para conduzir helicópteros ou aviões, analistas de inteligência deve ter horas de análises realizadas.
Esta é uma analogia importante e que faz a diferença em nossa função.
Há fatos sobre o ambiente competitivo, ferramentas avançadas de coleta de dados, poderosos modelos analíticos e abordagens perspicazes de entrevistas e elicitação.
Inundado com informações, um projeto de inteligência competitiva geralmente termina com algum tipo de relatório ou apresentação. Em seguida, os fatos, interpretações e recomendações são exibidos para um público de gerenciamento sênior – e muitas das vezes – cético.
As atitudes de “você precisa me convencer” e “provar” frequentemente desafiam o desempenho e a credibilidade do profissional de inteligência competitiva.
A tentação óbvia é enfatizar conhecimentos e excluir dúvidas, certo? Afinal, a humildade não é sinal de fraqueza?
Sem surpresa, deve haver um equilíbrio entre humildade honesta e experiência expressa.
Esse equilíbrio não é planejado.
Pelo contrário, reflete o que é verdade para a maioria das pessoas. Ou seja, quanto mais sabemos, mais percebemos que não sabemos.
Em outras palavras, o que sabemos hoje, não será suficiente para o amanhã. Por isso, precisamos de uma maneira de viver com nós mesmos enquanto entregamos serviços valiosos para os outros.
Isso quer dizer que a nossa vida é feita de uma trilha eterna de conhecimento e aprendizado.
Precisamos ser capazes de explicar o que não sabemos com tanta credibilidade quanto encobrir nossas certezas.
Como fazemos isso?
AS DIRETRIZES SAUDÁVEIS PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE INTELIGENCIA
Aqui estão sete diretrizes que podemos usar para equilibrar nossos conhecimentos e nossa humildade.
1 – Conheça muito (estude e se prepare sempre)
2 – Assuma uma postura de aprendizagem e disposição
3 – Descubra os limites
4 – Avalie a confiança
5 – Transmita conhecimento proativamente
6 – Viva para o Longo Prazo
7 – Aceite as limitações
Humildade e perícia não são opostos.
As melhores pessoas com que trabalhei e que admiro possui e cultivam esses dois atributos notáveis. Ambos existem em um profissional de inteligência competitiva competente.
Quando demonstradas apropriadamente, elas sinalizam uma autenticidade aos clientes em quem confiam e valorizam. Por outro lado, enfatizar demais um em detrimento do outro realmente sinaliza fraqueza.
Mantenha-os em equilíbrio e prospere.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Grande abraço,
Nícolas Yamagata
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