MEDO, HUMANIDADE E CURIOSIDADE
As pessoas muitas vezes hesitam em fazer perguntas a seus chefes.
Isso é compreensível: os ambientes de negócios são tradicionalmente hierárquicos em estrutura e as questões, por sua natureza, podem ser vistas como um desafio à autoridade.
Esse tipo de situação parece surgir em quase todas as empresas que visitamos, com os funcionários se perguntando: como posso fazer perguntas de inteligência aos meus clientes internos sem ultrapassar limites ou colocá-los na defensiva?
Antes de entrarmos em como fazer perguntas de inteligência no trabalho, considere por que é importante fazer isso.
Particularmente no local de trabalho em rápida mudança de hoje, é essencial continuar a perguntar sobre a natureza evolutiva do trabalho de inteligência que fazemos.
De fato, hoje todos nós devemos continuamente perguntar alguma versão das perguntas. Como meu trabalho está mudando? E como posso fazer melhor?
As pessoas podem se preocupar que perguntar esses tipos de questões fundamentais sobre o trabalho de inteligência queime o nosso filme. Como seres humanos nós nos preocupamos especialmente se tivermos experiência e estivermos fazendo esse trabalho por algum tempo – isso pode fazer com que pareçamos ingênuos ou incompetentes. E ninguém quer ficar mal na fotografia.
Mas existem maneiras de atenuar esse risco e as razões para acreditar que os benefícios podem superar os riscos.
As perguntas podem demonstrar que nós estamos abertos para mudar e dispostos a aprender.
Tendo conversado com vários executivos importantes sobre isso, descobrimos que a maioria deles está ciente da necessidade de mudança em todos os níveis de suas organizações – e uma de suas principais preocupações hoje é que os gerentes de nível médio e os funcionários da linha de frente podem não estar dispostos ou capazes de mudar.
Uma maneira de demonstrar que estamos abertos a mudanças e que estamos disposto a aprender e se adaptar é fazendo perguntas – sobre como sua indústria ou sobre como o nosso trabalho específico pode estar evoluindo com o tempo, sobre o que se espera de nós e como essas expectativas podem também estar mudando.
A maioria dos chefes que estão tentando administrar a mudança estão aptos a apreciar e até mesmo recompensar esse tipo de questionamento, não a punir.
Uma maneira de diminuir o risco de que nossas perguntas possam ser consideradas ingênuas é “aperfeiçoar” essas investigações, fazendo algumas pesquisas antecipadas.
Podemos por exemplo fazer um balanço de como o nosso setor ou trabalho pode estar evoluindo e usarmos essas informações para formular perguntas, como por exemplo:
Quando estamos questionando altos executivos a pergunta que fazem para nós geralmente passa por: Qual a melhor maneira de “questionar” um CEO, Vice Presidente ou Diretor? Quando estamos questionando em um nível elevado, nossas perguntas sempre devem ser feitas de uma forma que mostre dois pontos importantes.
Não use perguntas para contestar a autoridade ou reclamar.
Se um subordinado perguntar a um gerente, “por que temos que fazer essa tarefa específica?” ou “por que ainda estamos usando esse equipamento antigo?” pode parecer mais lamento do que curiosidade.
E sinceramente. Ninguém aguenta gente chata.
Para evitar cair nessa armadilha, primeiro façamos a nós mesmos as mesmas perguntas que gostaríamos de fazer aos executivos de nossas organizações – e tente considerar a situação do ponto de vista do C-level.
Por que certos procedimentos e práticas estão em vigor? Por que esse equipamento antigo ainda está em uso? Quais poderiam ser os benefícios e custos de fazer uma mudança (para políticas ou equipamentos) – e quão difícil seria fazer isso?
Tendo pensado sobre essas questões e reunindo alguns fatos relevantes, podemos fazer perguntas mais estruturadas, densas, empáticas e práticas.
A pergunta que fazemos deve ser enquadrada menos como uma queixa e mais como uma possibilidade que pensamos e gostaríamos de explorar mais.
Como em: “observamos que nossos concorrentes estão usando um novo software que permite que eles se movam mais rapidamente. Entendemos que os custos desse software podem ser proibitivos, mas estamos pensando em algumas das várias maneiras pelas quais podemos responder – e se há algo específico que possamos fazer de forma diferente em nossa função? ”
Quando “questionamos alguém”, uma das melhores maneiras de demonstrar respeito – e de aprender informações importantes de altos executivos – é pedir conselhos.
Como o professor Adam Grant, da Wharton School, aponta, as pessoas geralmente ficam lisonjeadas quando nós lhe pedimos conselhos, e os altos executivos não são exceção.
Quando pedimos conselhos a um alto executivo, nós estamos facilitando seu trabalho com simplicidade porque nós estamos oferecendo uma abertura bem vinda para esse executivo para fazer críticas construtivas.
Outra questão compartilhada por nós quando buscamos uma perspectiva junto aos nossos patrocinadores toca na seguinte questão: Qual é a única coisa que, se nós fizéssemos diferente, faria diferença para você?
Katherine Crowley, da K Squared Enterprises, coloca um ponto de vista ainda mais interessante nessa questão: ela acha que nós devemos perguntar regularmente aos nossos clientes internos e chefias diretas: O que é mais importante na sua lista hoje – e há alguma maneira de ajudar?
Ambas as perguntas se concentram nas principais necessidades e prioridades do executivo, deixando claro que nós estamos interessado em mais do que apenas fazer nosso próprio trabalho e somos um recurso disponível.
Crowley observa que “As pessoas acima de nós estão muitas vezes fazendo malabarismos com várias tarefas e suas prioridades continuam mudando.”
É difícil saber o que elas podem precisar mais de nós a qualquer momento – a menos que façamos uma bela pergunta.
A bela pergunta que deixamos para vocês é: como vocês estão questionando o valor da função de inteligência e as suas soluções em suas organizações?
E por último e não menos importante: Como a Intelligence Hub pode ajudar a você a perguntar e a responder novas belas perguntas?
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Grande abraço,
Nícolas Yamagata é Fundador e Diretor Executivo da Intelligence Hub