A EXPERIMENTAÇÃO É UMA CONSTANTE
TRABALHAR com o que amamos é tudo o que sempre sonhamos.
É uma premissa simples e difícil de se conquistar.
Sentir-se útil e motivado é uma maravilha.
É como se estivéssemos numa reciclagem constante e um tipo de energia contínua fluísse e retroalimentasse o nosso próximo passo – mesmo caindo – levantamos e seguimos sempre para frente.
Ao longo de minha trajetória profissional tenho entrevistado e principalmente conversado com muitas pessoas. E sempre pergunto como essas pessoas começaram o exercício profissional. É mais pela curiosidade mesmo – para conhecer a história da pessoa. E tem cada história tão legal que escuto, que fico admirado.
Muitas das respostas que tenho recebido estão longe de questões do tipo: Desde criança quis fazer tal coisa, já tinha toda a minha vida planejada e esquadrinhada desde muito novo. Não é bem assim na vida real.
Na verdade as pessoas fazem muitas coisas ao longo da vida.
EXPERIMENTAM, DESISTEM E TENTAM OUTRAS TANTAS COISAS. Até que em um determinado momento se FIXAM com mais ou menos AFINCO EM ALGO. Isso é uma generalização simplista, mas não fica muito longe disso.
Ao escrever isso, não estou pensando em alguém que “falha em planejar – está planejando falhar”. Em vez disso, estou pensando que o MAIOR PROGRESSO é feito em polegadas, e não em milhas ou quilômetros.
Especialmente no local de trabalho, e especialmente se nós trabalhamos no mesmo ambiente por um tempo, haverá poucas inovações verdadeiramente deslumbrantes que nós podemos tirar e trazer para dentro de nós.
Torna-se fácil escapar à complacência e culpar a falta externa de oportunidades para o nosso mal-estar. Temos um certo apego a inércia – eu confesso.
Então, o que é o antídoto para parar de sentir pena de nós mesmos porque nossos esforços não nos levarão às páginas de empresas que aparecem nas páginas coloridas da Exame, Época Negócios, Valor Econômico, Times entre outras, onde o trabalho de todos é um emocionante e premiado interlúdio entre a fama, os holofotes e premiações de seus triatletas de negócios?
Já pararam para refletir que o exercício de melhoria contínua funciona? Estejam certos que todos os produtos e serviços são a soma de muitas partes móveis de pessoas, processos, materiais e sistemas que – em um melhor cenário – entregam o que o cliente precisa.
Como o mundo que nos rodeia e os nossos clientes estão em constante mudança, essas necessidades também estão mudando.
A MUDANÇA É DIFÍCIL, especialmente quando a maneira atual de fazer as coisas não está totalmente quebrada ou desatualizada.
O fato da realidade “não estar quebrada” não quer dizer que não devemos esperar pelos seus resultados finais e os impactos que terão em nossas vidas e nossos negócios. Procure falar com seus clientes e funcionários e descubra como o seu produto, serviço ou processo está funcionando realmente para eles. Faça um exercício de market fit.
Quem dá conselho bom para os seus negócios, não são amigos e nem família – até porque provavelmente eles não contratarão os seus serviços (há exceções) – e sim os seus clientes e parceiros de negócios.
Esteja disposto a fazer mudanças que tornem suas vidas mais fáceis e as coisas boas acontecem – com certeza.
Aceite que a acumulação de pequenas mudanças ainda pode ter um grande impacto na sua vida e principalmente na vida de outros.
Com certeza ficaremos cansados, mas continuemos tentado, agora e sempre. Winston Churchill tem uma tirada interessante que fala que “O sucesso consiste em ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo.”
Experimente sair de um mindset fixo para um mindset de crescimento, onde falhar e errar nos leva ao aprendizado constante e a possibilidade de sermos melhores versões de nós mesmos. A palavra chave é: INTERAÇÃO. Seja a melhor versão de si e mantenha o estado beta constante.
MENTALIDADE E SUAS VERSÕES
Já passei por várias empresas e conheci diversos tipos de pessoas. E cada uma dessas pessoas tinha um certo tipo de mentalidade. Elas não são fixas e podem estar mescladas ou evidenciadas dependendo do momento em que observamos. Abaixo separei um resumo de tipos de mentalidades mais comuns.
Já observei situações em pessoas que de certa forma retratam este tipo de mentalidade. É tipo de sujeito que faz o mínimo necessário, se mantendo alheio aos acontecimentos. Geralmente são mal humorados e pouco cooperativos.
Levantem a mão se alguns de vocês já escutaram a seguinte frase: “Eu não sou pago para fazer isso”, “não é minha responsabilidade”. É desse tipo de mentalidade que estamos falando.
Em um projeto recente um dos meus sócios relatou que na fase de assessment (diagnóstico) junto aos executivos de empresa quando estávamos entrevistando alguns destes executivos ele fez uma pergunta do tipo: “Quais os maiores desafios da sua empresa?”.
A resposta que recebeu foi a seguinte: “Meu desafio é crescer na empresa.” Claramente a jovem executiva não entendeu a pergunta, mas respondeu uma verdade atrelada a mentalidade dela naquele momento.
Seu propósito profissional está alinhado com seu propósito pessoal. É uma coisa meio natural. Este tipo de sujeito vai amar fazer as coisas e ir além porque é de sua natureza querer ser parte de algo maior que ele.
Já trabalhei com pessoas que tiraram da sua equipe muito mais do que o escopo requeria. O pulo do gato foi transferir naturalmente as características e engajamento e as pessoas simplesmente eram capturadas por um certo tipo de transformação.
VEJA QUAL É A SUA MENTALIDADE NA FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA
Faça um pequeno exercício e veja qual é o tipo de mentalidade que você possui no exercício da função de inteligência.
Mantenha um registro por um par de semanas e veja se você se encaixa em uma dessas mentalidades mais do que as outras.
Se as mentalidades do trabalho e da carreira totalizam mais de 50% do seu tempo, isso pode ser um sinal de alerta que você deve reafirmar ou redefinir seu propósito pessoal.
Ninguém vive na mentalidade intencional o tempo todo, mas gastar muito tempo nas mentalidades da carreira ou do trabalho é destrutivo: você está certo de estar insatisfeito com seu trabalho e as mentalidades podem acabar por prejudicar sua reputação, chances de promoção e avanço.
A importância das perspectivas a longo prazo: Enquanto todos deveriam tentar desenvolver e crescer, concentrar-se demais em nossa carreira ou salário pode levar a comportamentos ruins, como bullying e egoísmo, ou simplesmente tentar exercer muito controle sobre os outros.
Antes disso, procure um novo papel, e talvez uma nova organização, que reequilibre sua equação. Se nunca criamos uma declaração pessoal de propósito, agora é a hora.
A declaração é uma declaração simples sobre como nós decidimos viver todos os dias. Busque tornar esse entendimento interior sucinto, específico, livre de jargões e principalmente expressivo para VOCÊ.
A NOSSA DECLARAÇÃO deve ser PESSOAL e deve integrar os nossos PONTOS FORTES, INTERESSES e AMBIÇÕES FUNDAMENTAIS.
ELA TEM QUE TER ALMA.
COMO ALMA DE UM ANALISTA DE INTELIGÊNCIA – QUE QUER SEMPRE APRENDER E A SE APRIMORAR.
APRENDI AO LONGO DA CARREIRA QUE ALMA DOS MELHORES ANALISTAS É A ALMA DE UM ETERNO APRENDIZ – SEMPRE.
Sofremos e amamos como analistas de inteligência. Neste sentido – nós merecemos trabalhar em um papel, e para uma organização, onde nosso propósito pessoal brilhe e faça sentido.
Especialmente em contraste com o propósito organizacional e de função, onde várias partes interessadas moldam os resultados, meu conselho é investir tanto esforço, senão mais, em descobrir nosso propósito pessoal.
A vida é curta e a função da inteligência é humana e social.
Cuide bem da sua alma de analista. Reflita sobre isso.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Nícolas Yamagata
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