A DIFÍCIL ESCOLHA DE MONTAR UM TIME
Recrutar a pessoa certa faz toda a diferença na função de inteligência. Ok. Escolher a pessoa certa faz diferença para todas as funções.
O incentivo para trabalhar para uma empresa ou outra se resume aos fatores que são importantes para as pessoas.
No início de minha carreira, eu me importava com o foco da empresa, minha atribuição específica, onde eu moraria e, claro, o salário.
Entendo que seria mais ou menos o padrão de preocupações das pessoas da minha idade na época. Foi assim que fui recrutado e foi assim que recrutei outros que começavam na vida corporativa.
E quanto ao recrutamento para a função de inteligência competitiva que você está construindo para sua empresa? Por que você precisa de outras pessoas? Que incentivos fazem a diferença para as pessoas que você deseja recrutar? E como é a melhor maneira de abordar seus candidatos? Hoje existe uma onda empresarial em empresas mais descoladas de venda não de empregos e sim de propósitos de vida. Qual será a razão?
3 PEQUENAS E GRANDES RAZÕES
No processo de formação da função de inteligência competitiva, será essencial buscar ajuda dentro da empresa. Aqui estão três razões pelas quais isso é importante.
1. Há muito a fazer para uma pessoa.
- Quando estamos tratando de expansão do escopo, já demos um passo bem sucedido, e estamos agora atendendo e interagindo com áreas além do escopo original.
- Engajar-se com outros gerentes e executivos (além de seu patrocinador) introduzirá uma escala diferente e mais ampla de novos tópicos.
- A escolha natural será aceitar as novas atribuições (o que significa que precisaremos de mais recursos) ou rejeitá-las porque os recursos para ajudar nas tarefas ainda não foram identificados.
Pela minha experiência eu sugiro que aceite e coloque um plano de ampliação de recursos e pessoal juntos. A contratação de um apoio especializado na função de inteligência para assumir atividades de transbordo é um caminho de tração muito interessante. A Intelligence Hub pode lhe ajudar nisso.
2. Não existe super heróis.
- É improvável que o conhecimento necessário (por exemplo, financeiro, marketing, tecnologia, desenvolvimento de negócios, inovação,transformação digital entre outros) resida na cabeça de uma só pessoa. O desafio emocionante da inteligência competitiva é a diversidade de assuntos envolvidos.
- O valioso trabalho de inteligência competitiva vem de pessoas que podem integrar as informações díspares em padrões e histórias. Dada uma escolha, este é o lugar onde desejamos nos concentrar. A implicação é que teremos que trabalhar com uma gama de especialistas que têm mais conhecimento especializado do que nós.
- A nossa tarefa é identificar e começar a nutrir esses contribuintes. Fazer é fácil e gratificante para que eles passem a fornecê-lo com informações.
3. Dividir para multiplicar.
- Não somos donos de nada. Temos que ser fomentadores e intuitivamente, é importante cedermos a propriedade de alguns dos trabalhos para cimentar o apoio à inteligência competitiva.
- Mesmo se pudéssemos fazer tudo, não gostaríamos de fazê-lo.
- A razão é que precisamos após a mudança significativa de confiança e investimentos que angariamos, focar nas estratégias da organização para tornar o negócio mais bem sucedido.
- A maioria das empresas envolvem muitas pessoas que precisam entender e apoiar a mudança. E não há pessoas mais interessadas nesses tópicos do que as pessoas que se sentem donos dessa propriedade.
- O nosso trabalho, após o recrutamento para buscar escala e as especialidades necessárias, é recrutar proprietários, ou seja, pessoas com perfil de “donos”.
- Uma maneira de fazer isso é dar-lhes algum empoderamento na direção da análise e da interpretação dos resultados.
ESCOLHENDO O TIME
Como você recruta alguém para ajudar com inteligência competitiva?
Aqui estão algumas dicas que funcionaram para mim.
1. Saiba quem você quer ajudar. Faça uma lista com os nomes e funções das pessoas que são essenciais para o seu sucesso. Isso faz parte da montagem do seu conjunto de ferramentas.
2. Dê algo antes de começar. Divida proativamente e intencionalmente com as pessoas. Busque fornecer valor para as pessoas que você quer ajudar antes de pedir a sua ajuda. Há muitas maneiras de fazer isso através do fornecimento de informações, análise personalizada e informações direcionadas.
3. Respeite o seu papel. Esta é uma questão-chave, uma vez que inteligência competitiva eficaz pode muitas vezes ser ameaçadora para os decisores de estratégia. Como discutimos anteriormente, a inteligência pode pôr em evidência algumas decisões anteriores e direções atuais. Portanto, seja gentil e cauteloso com as pessoas que são afetadas para aumentar a probabilidade de que eles vão ajudá-lo.
4. Dê crédito para as contribuições. Poucas coisas motivam as pessoas mais do que ficar “bem na foto” frente aos executivos. Se você pode fazer isso acontecer para as pessoas, eles estarão muito mais dispostas a ajudá-lo.
5. Limite seu trabalho. Enquanto algumas pessoas estarão inclinadas a ajudá-lo, eles provavelmente não poderão ajudá-lo quando o escopo leva muito longe de suas outras atribuições. Assim, quando temos algumas tarefas para dividir com outras pessoas, devemos cuidadosamente definir o pedido e torná-lo tão certeiro quanto possível. O princípio é dar crédito liberalmente, mas fazer atribuições de forma conservadora. Caso o contrário, não conseguimos adesão.
6. Assuma a propriedade e a transição de atividades. Com o tempo, algumas partes da função de inteligência competitiva começarão a funcionar sem problemas. Procure pessoas para assumirem responsabilidades e a propriedade dessas atividades e funções. Essas pessoas vão incorporar dentro de si mesmo o interesse regular na função de inteligência. Ou, seu trabalho pode ser redefinido pela gerência para incluir as tarefas de inteligência que desenvolvemos ao longo das interações. De qualquer maneira, devemos envolvê-los e guiá-los sempre.
7. Identifique e habilite os campeões. Depois de ter sido bem sucedido um ou dois momentos de interação e exposição à alta gerência, outros na organização vão querer fazer o mesmo. Deixe eles virem. As únicas coisas para “controlar” são os padrões que estabelecemos. Dentro dessas fronteiras, aqueles com a energia e a capacidade de fornecer excelente análise estabelecerão a sua própria identidade.
Se aplicarmos essas dicas, não será difícil encontrar pessoas que possam nos ajudar. Talvez alguns farão atividades de uma função de inteligência em tempo integral.
Mesmo que isso seja verdade, conforme o mercado anda e a vida empresarial passa, vamos precisar de ainda mais pessoas que não estão trabalhando em tempo integral para ajudar.
Assim, precisamos não só ser um recrutador excelente, mas um hub e elo constante que ajude as informações fluírem dentro do organismo empresarial e vá além das periferias organizacionais. Felizmente, com foco e perseverança, podemos ser esse hub.
Qual é o próximo passo? Simples.
Não faça mais análise passiva do ambiente de competição ao seu redor. Não espere para que outros estabeleçam uma agenda.
Seja proativo e provoque a mudança.
É hora de usar a Inteligência Competitiva como uma arma ofensiva e principalmente, como uma função social. Seja de fato – o agente de mudança.
Reflita sobre isso.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Nícolas Yamagata