RELEMBRAR É REVIVER
Comecei a escrever de forma periódica em julho de 2016.
Em um passado não tão distante a minha escrita estava voltada a entrega de análises de inteligência, propostas, frameworks, projetos e desenho de soluções.
Confesso que de vez em quando volto para as minhas raízes de analista de inteligência e desenvolvo com a nossa equipe, soluções, relatórios, análises, frameworks para nossos clientes.
A entrega de algum projeto me dá uma nostalgia e uma sensação de nascimento, aquela sensação boa, onde a capacidade de reinvenção, mergulho profundo e aquisição de novas boas competências acontece ali – naquele momento, interiorizado na construção de uma nova entrega – que ficará em nosso banco de conhecimento e por consequência me tornará um melhor analista de inteligência .
Começamos esta viagem de compartilhamento de ideias e reflexões – há alguns meses (cerca de 2 anos ou 104 meses).
O objetivo que tinha em mente, foi descrever como desenvolver e implantar uma nova função de inteligência competitiva nas empresas e principalmente dividir gratuitamente o conhecimento que temos angariado nesta longa jornada.
Compartilhar nesse mundo que é montado sobre redes é INEVITÁVEL.
Cada artigo é uma DOAÇÃO e principalmente uma tentativa de fazer com que as pessoas PERSISTAM em torno dos PROBLEMAS e das SENSIBILIDADES que exerceremos em uma NOVA FUNÇÃO.
Quem nos acompanha, pode verificar que em outros textos já fomos mais específicos sobre tarefas como orçamentos, branding e a expansão assertiva da função de inteligência.
A coragem tornou-se a ordem do dia. Mesmo caindo, tente seguir em frente.
Para qualquer coisa em nossa vida a CORAGEM para seguir é uma constante. A paralisia só faz uma coisa – nos deixa plantados onde estamos e com pena de nós mesmos.
A fuga não é uma opção que passa pela cabeça (pelo menos na minha). Seguir em frente é uma opção atraente. Amar é ter a coragem de se entregar ao outro.
Trabalhar com o que se ama é ter coragem para se entregar a uma atividade que não só lhe trará dividendos financeiros, mas alimentará mais e mais a sua vontade de QUERER realizar e COMPARTILHAR com os outros.
Nestes artigos – nós conversamos sobre quantas pessoas não entenderão o que estamos tentando realizar.
A solidão da incompreensão é forte e pode nos derrubar.
Alguns que entendem o que estamos tentando fazer estarão nervosos e algumas vezes um pouco desconfiados sobre os nossos objetivos.
Somos críticos de nós mesmos, os mais críticos. Muitas vezes nós mesmos nos derrotamos.
Já sentimos que nós estamos tentando superar o nosso papel? Já refletimos que algumas vezes o nosso objetivo é criticar implicitamente o nosso desempenho?
Questionamos a todo momento os porquês. Porque as pessoas devem nos ajudar com seus conhecimentos especiais? E, como a função de inteligência competitiva irá ajudá-los?
Reflexões e mais reflexões – levantam inúmeras questões. E questionamentos brotam, como o mato no jardim de nossas imaginações.
Mas existe uma reposta simples. O ser humano é gregário, portanto um ser social. Doar e receber é natural para nós.
Ao longo do caminho, discutimos dicas práticas para desenvolvimento e implantação da função de inteligência.
Mais do que isso, tentamos iluminar as questões das pessoas que são importantes com a tese de que essas questões são as mais intratáveis, se não tratadas corretamente.
Todas as outras questões de técnicas de análise, design de infraestrutura, aquisição de ferramentas e orçamento são questões mais simples (embora não triviais) se as pessoas estiverem bem alinhadas.
E agora chegamos a um passo MARCANTE.
O epílogo do analista de inteligência é DIFUNDIR A PALAVRA sobre a FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA COMPETITIVA.
Faço aqui uma afirmação e uma convocação:
FALTA ECO EM NOSSA COMUNIDADE – E PRECISAMOS DE MAIS VOZES HUMANAS. JUNTE-SE A NÓS. SOMOS MAIS FORTES JUNTOS.
A DIVULGAÇÃO DA FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA
Propagar significa tornar-se muito conhecido, espalhar-se por um território, multiplicar-se por reprodução, movimentar-se através de um meio ou disseminar por contágio.
Disseminar a palavra lembra a prática da religião e da fé. E quando tratamos de uma organização empresarial – o pilar cultural e humano se apresenta como um desafio para a função de inteligência.
Como mudar isso? Como ocorre o EVANGELHO DA FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA nas organizações?
Evangelho, do que se trata isso? Algumas comunidades chamam isso de “evangelização” ou pregar a palavra. Nos círculos cristãos isso significa dizer aos outros a boa notícia sobre Jesus Cristo. Nos locais de negócios, significa exaltar as virtudes e o poder de um CONCEITO. Os objetivos gerais são semelhantes. Ou seja, estamos atrás de conversões que representam UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE E PRIORIDADES.
Existem metas específicas para a evangelização da função de inteligência:
- Primeiro, nós desejamos solidificar a função existente.
- Tornar-se melhor conhecido irá nos ajudar a proteger nossos orçamentos e prioridades.
- Em segundo lugar, desejamos aumentar a nossa credibilidade dentro da empresa.
- Isso está relacionado ao primeiro ponto, exceto que ele tem mais a ver com você como pessoa.
- Terceiro, queremos explicar a função de inteligência competitiva para públicos
- Isso nos ajudará a ganhar futuros ajudantes, pois cada vez mais pessoas veem a função de inteligência como uma ferramenta importante e aceita dentro da empresa.
- Em quarto lugar, queremos simplesmente ajudar a empresa a ter sucesso.
- Durante todo o tempo, tivemos o raciocínio simplesmente declarado de que a inteligência competitiva efetiva é vital para o sucesso estratégico.
- Em quinto lugar, desejamos preparar nossos sucessores.
- Poucas pessoas duram muito tempo em inteligência competitiva por várias razões.
- Perpetuar a função requer uma preparação pontual dos outros que queremos que sejam melhores que nós.
- Em sexto lugar, aspiramos melhorar a execução da função de inteligência competitiva.
- Mais pessoas vão querer ajudar ao longo do tempo e é incumbente que nós municiemos estas pessoas para serem eficazes.
- Sétimo, ansiamos aprender e melhorar a nós mesmo.
- Falar publicamente e amplamente sobre a função de inteligência irá expor o nosso conhecimento e ignorância.
- Se aceitarmos humildemente que estamos sempre aprendendo, este tipo de conduta irá nos conduzir diretamente a uma melhoria substancial.
Então, como evangelizamos sobre a função da inteligência competitiva?
Aqui estão três etapas concretas que podemos considerar.
1 – ESCREVA SOBRE ISSO
O propósito da escrita é alcançar um público mais amplo do que podemos tocar por contato pessoa a pessoa.
- Quando escrevemos, podemos descrever cuidadosamente nossas experiências e destacar as lições que aprendemos.
- Existem muitos formatos. Há desde publicações internas, como boletins informativos. Publicações externas mais amplas também estão disponíveis, incluindo blogs e revistas.
Você pode contribuir com seus conhecimentos em nosso site. Entre em contato conosco pelo e-mail: [email protected]
- Além de transmitir informações, os escritos externos também aumentarão a nossa credibilidade interna.
- Claro, devemos ter o cuidado de proteger informações e confidências proprietárias. Mais importante, devemos ser particularmente cuidadoso sobre a identidade das pessoas em qualquer história que publicamos.
2 – FALE SOBRE ISSO
Muitas pessoas são aprendentes auditivos. Eles aprendem melhor ouvindo alguém falar sobre um assunto. Outros precisam de alguém para incorporar um conceito antes de confiarem na comunicação.
- No topo dessas excelentes razões, existe o fato de que falar pode aumentar a nossa confiança sobre o que estamos fazendo.
- Entraremos em contato com outros que fizeram muito menos do que nós e isso pintará uma imagem satisfatória de realização relativa.
- Conheceremos pessoas que podem ajudar a apresentar-lhe coisas que nós ainda não conhecemos.
- Finalmente, melhoraremos as nossas habilidades de explicar a função de inteligência competitiva. Isso sempre será uma habilidade vital à medida que você continuará com suas responsabilidades de inteligência.
3 – ENSINE SOBRE ISSO
Quando compartilhamos o desenvolvimento de uma solução, um método, um business case nós estamos ensinando outros em nossas empresas sobre a função de inteligência competitiva.
- Agora é hora de formalizar essas lições. Se somos parte de uma empresa maior, então um bom alvo é outra divisão de negócios.
- É provável que os executivos dessa divisão estejam conscientes de seus esforços já e mais propensos a apoiar o treinamento.
- Uma segunda abordagem de treinamento vantajoso é oferecer treinamento personalizado para executivos seniores e para as pessoas que estão entrando na organização.
- Nós podemos equipá-los com ferramentas, treinar e processar em uma configuração individual. Se isso for possível, certifique-se de estar preparado para explicar cada ponto com firmeza.
- Nós também precisamos estar preparado para ouvir. Lembre-se de que enfatizamos ser um parceiro confiável para os executivos sêniores e esta é uma maneira de provar que nós somos essa pessoa.
No final do dia, a função de inteligência competitiva é uma das muitas funções vitais de uma empresa saudável.
É mais importante do que a qualidade? Ou o desenvolvimento de negócios e pessoas? Ou vendas? Talvez não.
Mas o problema não é que seja relativamente mais ou menos importante do que as outras funções vitais.
Em vez disso, o problema é que a função de inteligência competitiva está entre as menos importantes funções vitais para serem reconhecidas e organizadas com sucesso para a maioria das empresas.
Por isso, precisamos de histórias de sucesso e pessoas para divulgar e lhes dizer que é possível.
Se difundirmos a função de inteligência e evangelizarmos através do “vírus” da comunicação – nós podemos ser essa pessoa.
Já pensaram e refletiram sobre isso?
Coragem, não desistam de se expor. Precisamos de vocês.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Grande abraço,
Nícolas Yamagata
[email protected] | https://www.intelligencehub.com.br
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