A postura tradicional de uma empresa estabelecida, grande vertical, sempre foi a de construir em torno de si um muro tão alto quanto possível.
Esse isolamento cumpria premissas estratégicas. Construir um “muro”, servia por exemplo, para evitar bisbilhoteiros, evitando que olhassem suas entranhas e descobrissem algum “segredo industrial”.
Essas empresas “gigantonas” não estavam muito interessadas no que acontecia do lado de fora de suas fronteiras.
Um belo market share, muitas vezes, tornava essas empresas autossuficientes. Além do mais, se observassem uma ameaça externa, a reação natural era tirá-la do caminho, aniquilando o intruso. Em inteligência chamamos de estratégias de Barreira de Entrada. A escola americana usa muito esta abordagem.
Isso mudou. A história das relações entre as grandes companhias e as jovens companhias, as novas entrantes, as startups, é relativamente curta, mas já passou por uma mudança de paradigma.
As palavras chaves que norteiam esse convívio, deixaram de ser “hostilidade” e “indiferença”. Elas foram substituídas por “colaboração” e até por “coabitação”, no sentido de atrair jovens e nem tão jovens empreendedores para dentro de casa, oferecendo-lhes um teto seguro para crescer.
O velho muro corporativo está mais baixo e em algumas empresas, desabou.
PENSE PEQUENO E EXECUTE COMO GENTE GRANDE
Empresas como Visa, Coca Cola, Telefônica, Shell, EDP, Monsanto, Bayer, Bradesco, Energisa, Itaú, Porto Seguro, Qualcomm, Ambev, Diageo estão investindo em novas formas e modelos de negócios.
Antes deste Big Bang Digital, até a última década eram comuns termos empresas focadas em tecnologias. Hoje todas as empresas de alguma forma estão mudando os seus modelos e mirando setores que até então não faziam parte da sua rotina.
Estamos vivenciado estudos em disciplinas como Corporate Startup Engagement, onde a aproximação entre as gigantes e as pequenas empresas segue quase como um fluxo natural. Estas corporações buscam as startups para por exemplo, acelerar processos internos, principalmente os relacionados aos lançamentos de produtos.
Notamos também que a vida útil das empresas está encurtando. A duração média de uma empresa no índice S&P 500 caiu de 61 anos em 1958 para 18 anos atualmente. E as empresas mais ágeis já notaram que as melhores ideias nem sempre vêm de dentro de seu próprio negócio.
A grande aposta das empresas em relação com as startups, foca no sentido que as relações com essas empresas podem revigorar o ambiente empresarial, ampliando a quantidade e a qualidade das sinapses nas grandes corporações. E está relacionada também a uma coisa muito importante – a própria sobrevivência.
Hoje a competição vem de todos os lados e chega mais rápido do que imaginamos. Os competidores não são mais os mesmos. Podem ser empresas que ainda nem nasceram.
As provocações acima servem de pano de fundo para uma questão básica nos negócios.
A FUNÇÃO DA INTELIGÊNCIA DE MERCADO COMO CATALISADORA DA TRANSFORMAÇÃO
Empresas bem sucedidas continuam lutando e investindo – inclusive em uma função de inteligência que apoie na antecipação de oportunidades e ameaças que o ambiente de mercado aponta. Estudando indicadores quantificáveis, o uso da metodologia de alertas antecipados pode ajudar a prever os movimentos em direção a um resultado potencial sobre determinado tema. É quando estamos analisando hipóteses e seus possíveis impactos para os nossos negócios.
Compreender e definir os requisitos sequenciais para uma inovação ou disrupção específica fornece um meio para melhor antecipar e prever se a disrupção ocorrerá e quando.
Diante dos desafios, essas empresas estão se valendo da função de inteligência para:
- Definir e mapear como os serviços e produtos da concorrência podem substituir os produtos e serviços da própria companhia.
- Monitorar a entrada de novos players no mesmo segmento de atuação.
- Monitorar continuamente as possibilidades de novos produtos ou serviços face a demanda de seus clientes.
- Identificar e entender quais são as possibilidades de aumento ou perda de market share.
- Fornecer insumos para a decisão de antecipação à concorrência e desejos de seus clientes.
A questão que fica é saber se as empresas estão de fato inovando, desenvolvendo produtos e serviços ou entrando em novos mercados.
Para se focarem no core de suas atividades, observamos que é crescente a quantidade de apoios estratégicos, nos quais fornecedores de suporte à decisão, apoiam e operam junto com a empresa contratante os seus processos de inteligência.
A função de inteligência neste sentido ajuda os INOVADORES DE HOJE a captar sinais e insights, separá-los dos ruídos e estimar potenciais retornos.
Vocês estão preparados para as mudanças?
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Grande abraço,
Nícolas Yamagata
[email protected] I http://www.intelligencehub.com.br
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