A FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA – PERGUNTAS ROTINEIRAS QUE RECEBEMOS
De vez em quando perguntam para nós qual é a melhor maneira de se aprimorar na carreira e função de inteligência, ou como uma pessoa NESTA FUNÇÃO obtém experiência através das resoluções de problemas?
É resposta é simples.
A melhor maneira de aprender e ganhar experiência em algo é FAZENDO.
Além da experiência prática a longo prazo, de horas de estudos, leitura e interações com pessoas de todos os tipos e cargos – a melhor maneira QUE AINDA TEMOS DE APRENDER ALGO É FAZENDO. E fazemos isso através de estudos de casos e da própria experimentação do dia a dia.
Essa metodologia ativa de aprendizagem desenvolve não só o pensamento crítico quanto o criativo. Os estudos de caso têm a vantagem única de explicar sucintamente as histórias realistas que as empresas passaram.
Apreender com o outro é uma maneira fantástica de absorver novos conhecimentos. Cada história contém informações importantes e sem importância (como a vida real).Em cada caso, alguém (por exemplo um executivo sênior) precisa de uma solução.
Note-se que esses executivos raramente se preocupam com técnicas ou abordagens específicas de inteligência competitiva.
Na verdade, eles se concentram em uma ou mais questões chaves declaradas em termos de valor para seu trabalho.
Isso significa que eles querem respostas para suas perguntas e precisam de ajuda de alguém (por exemplo, o profissional da inteligência competitiva) que possui uma compreensão mais detalhadas das questões.
ELES NÃO PENSAM EM INTELIGÊNCIA – PENSAM EM TOMAR MELHORES DECISÕES DE NEGÓCIOS.
Com esse entendimento compreensivo, a inteligência competitiva extrai e emprega uma variedade de habilidades e conhecimentos de sua “bolsa de ferramentas” para agregar valor ao processo de tomada de decisão.
QUESTÕES E MAIS QUESTÕES
Aqui listamos uma série de questões comuns e que apresentam um bom valor nas corporações.
- Como nosso novo produto se compara aos produtos de nossos concorrentes?
- Quais fatores principais influenciam as decisões dos clientes para escolha e compra dos nossos concorrentes ou de nossa empresa?
- Quais estratégias competitivas os nossos competidores estão usando e como cada um afetará nosso sucesso?
- Quais fatores competitivos afetam nossa estratégia de crescimento?
- Como posso treinar, alinhar e motivar minha empresa a observar, entender e responder melhor ao ambiente competitivo?
São alguns exemplos que nos deparamos no dia a dia, e o que fazemos diante de uma dessas perguntas desafiadoras?
Aqui estão algumas etapas básicas e úteis para resolver estas questões de inteligência competitiva.
Cada passo promove uma solução orientada a visão de UMA CONSTRUÇÃO CONJUNTA.
Além disso, essas etapas ampliam intencionalmente a visão do profissional de inteligência. Importante lembrar que estudos de caso fornecem um ambiente seguro para a prática.
DICAS E MACETES PARA A FUNÇÃO DE INTELIGÊNCIA
A nossa função é árdua e sem muitos holofotes. Precisamos construir perspectivas, criar laços e alianças, além de todo trabalho para envolver as pessoas – e nós como agentes de mudanças. Aqui relacionamos alguns lembretes, dicas e macetes para o exercício pleno da função de inteligência nas empresas.
1 – O PROBLEMA DA TÉCNICA DE INTELIGÊNCIA
- Alinhe os critérios de sucesso para seus serviços com o benefício esperado e necessário para o cliente.
- Foque na solução do problema a ser respondido e depois verifique o método a adequado. A técnica antes do bom entendimento das questões a serem respondidas nunca deverá ser a premissa a ser perseguida. O bom entendimento – esse sim é OURO do analista.
2 – PESSOAS NO CENTRO – CONSIDERE QUE A FUNÇÃO É SOCIAL
- Talvez a maior determinante do sucesso da função da inteligência não esteja na realização da análise correta (embora, é claro, a análise seja importante).
- Em vez disso – já paramos para pensar – o quão é mais importante lidar com as pessoas afetadas direta e indiretamente pela inteligência competitiva?
- As pessoas têm pressões, histórias, ambições, metas e mais outros atributos de valor que afetam sua recepção e uso da inteligência competitiva. Já pensamos sobre isso?
3 – ESCLAREÇA AS QUESTÕES CHAVES DO CLIENTE
- As questões chaves, claramente definidas, apontam para o valor que o cliente precisa.
- Depois de isolar as perguntas, avalie a anterioridade da questão para determinar quais técnicas analíticas ou métodos de solução são apropriados. Já falamos sobre isso no item 1 – mas é sempre importante relembrarmos.
4 – CALCULE OS RISCOS
- Por definição, o futuro é incerto. Portanto, uma prática padrão para a inteligência competitiva é definir e quantificar os riscos associados às recomendações ou conclusões.
- Concentre-se em explicar os riscos e os pressupostos – a partir daí podemos seguir em frente.
5 – COOPERE COM A MUDANÇA
- Supondo que a inteligência competitiva indique uma mudança necessária, identifique no material exposto, os argumentos e informações que permitam a realização da mudança. Afinal de conta – seremos também afetados por essas mudanças.
6 – PRATIQUE COM ESTUDOS DE CASO DE INTELIGÊNCIA EXISTENTES – QUEREMOS OLHAR O FUTURO – MAS O PASSADO TAMBÉM NOS TRAZ SABEDORIA
- Muitas empresas publicam estudos de caso. No nosso site também publicamos estes estudos e informações que podem fazer sentido para os analistas e gestores de inteligência. intelligencehub.com.br
- Aprender com os outros e compartilhar é um PROPÓSITO NOBRE de nossa função. Ficar em silos – só nos distancia da boa prática e nos deixa míope com uma visão de mundo muito particular e sem outras dimensões importantes.
7 – ENCONTRE REFERÊNCIAS DE CASOS NOS SEGMENTOS DE SEUS CLIENTES
- Busque ler o que os nossos clientes leem. A criação de empatia genuína facilita muito a nossa vida. Se o nosso cliente for um advogado, temos que ler uma seleção de revistas jurídicas. Se o nosso cliente for um estrategista financeiro, devemos ler o Valor Econômico, Infomoney, Boletim Focus do Banco Central, Wall Street Journal entre outras publicações do setor.
- Em todos os casos, devemos examinar e buscar as resoluções de problemas nestes setores. Esse paralelismo é importante, pois as histórias desses segmentos nos ajudam a deduzir o que a informação competitiva ajudou (ou poderia ter ajudado) a resolver os problemas desses setores. As pessoas se reconhecem pela semelhança e conhecer essas linguagens abre portas para outras dimensões e relações.
- Não esqueçamos de buscar especialistas nestes setores. As visões dessas pessoas enriquecem sobremaneira a nossa análise e entendimento dos impactos das nossas recomendações. Além disso aprendemos muito sobre o negócio com esses especialistas.
8 – COMPARTILHE E COMPARE SOLUÇÕES COM OS OUTROS
- Encontre formas de compartilhar suas histórias com os outros para que você possa aprender a melhorar suas habilidades.
- Claro, existem limites para compartilhar detalhes confidenciais. No entanto, ao compartilhar e refletirmos sobre os nossos grandes desafios e soluções para resolver problemas, podemos aumentar nossa consciência sobre os problemas e obter novas formas criativas para novas soluções.
Essas atividades são uma excelente maneira de melhorar as nossas habilidades de inteligência competitiva.
Apreender com os outros servem como um LINK para ficarmos alinhados com os nossos problemas comuns.
Em vida, embora possamos preferir simplicidade e declarações de problemas inequívocos, abordar questões complexas é mais valioso para nossos clientes.
Felizmente, baseando-se nos conceitos básicos que aprendemos, também podemos aprender a lidar com problemas de negócios reais no exercício da função de inteligência competitiva.
É preciso prática, sensibilidade e, mais importante, uma perspectiva focada em soluções.
No final, profissionais da inteligência competitiva ganham credibilidade pessoal e melhoram suas capacidades quando demonstram competência na construção e execução da solução.
Felizmente a vida é feita de problemas simples e complexos. A inteligência competitiva é de fato um “problema de negócios que envolve pessoas”. E nós que vivemos disso não queremos que seja visto de outra maneira.
Que venham os desafios e problemas de negócios. E mais importante – que adotemos uma postura humana e centrada no cliente humano e não em nossas vaidades e na de outros. Isso fará toda a diferenças nas resoluções destes problemas de negócios.
Reflitam sobre isso.
É a nossa inteligência competitiva, para a sua vantagem competitiva.
Nícolas Yamagata
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